Lições para Lula, que gosta de aumentar impostos: O homem mais rico da Europa quer levar seus investimentos para os Estados Unidos por causa do aumento de impostos na França.
- Tiranossaurus Rex
- 31 de jan.
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O governo francês chamou na quarta-feira, 29, o presidente do conglomerado de luxo LVMH, Bernard Arnault, para contribuir no equilíbrio das finanças públicas, após o bilionário mais influente da Europa cogitar transferir-se para os Estados Unidos. “Compreendo a insatisfação deles”, declarou a porta-voz do governo, Sophie Primas, ao comentar sobre um aumento transitório no tributo empresarial. “Percebo que, diante do cenário fiscal que enfrentamos, todos devem colaborar com o ajuste”.
Arnault criticou na última terça-feira, 28, a elevação tributária sobre corporações, prevista pelo governo no orçamento para 2025. Segundo ele, esse “encargo sobre o ‘produzido na França’ (...) incentiva a migração de negócios”.
“Voltei recentemente dos Estados Unidos e percebi o otimismo predominante por lá. Já na França, a sensação é de um choque gelado”, comentou o magnata, que esteve entre os convidados para a posse de Donald Trump como presidente dos EUA.
O executivo destacou que, nos Estados Unidos, “os tributos serão reduzidos em 15%” e que diversos estados oferecem incentivos à instalação de fábricas. “E o presidente (Trump) fomenta essa política”, acrescentou.
Para enfrentar os elevados níveis de endividamento público e déficits, o governo francês pretende, além de um drástico corte nos gastos públicos, arrecadar aproximadamente € 8 bilhões com a alta do tributo corporativo exclusivamente em 2025. Para companhias que faturam acima de € 3 bilhões, como a LVMH, isso resultará em um acréscimo de cerca de 40% nos impostos empresariais.
“As autoridades americanas insistiram fortemente para que continuemos expandindo” fábricas, revelou Arnault — e, “diante do quadro atual, estamos analisando essa possibilidade com seriedade”, declarou o empresário ao apresentar os resultados de 2024 do grupo.
Após um período desafiador, a LVMH anunciou na terça-feira uma redução de 17% no lucro líquido anual de 2024, totalizando € 12,5 bilhões, e uma retração de 2% no faturamento, atingindo € 84,7 bilhões.
A companhia, conhecida por ícones como as bolsas Louis Vuitton, a grife Dior, o champanhe Moët & Chandon e as joias Tiffany, atribuiu o desaquecimento, em parte, ao esgotamento do impulso econômico pós-pandemia de covid-19.
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