Egito transporta barco faraônico de 4,6 mil anos e 20 toneladas para novo museu
- Tiranossaurus Rex
- 10 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Embarcação de 42 metros de comprimento estava na Pirâmide de Quéops e será exibida no Grande Museu Egípcio, no Cairo
O Globo e agências internacionais
https://oglobo-globo-com.cdn.ampproject.org/v/s/oglobo.globo.com/mundo/fotos-egito-transporta-barco-faraonico-de-46-mil-anos-20-toneladas-para-novo-museu-25146180?amp_gsa=1&_js_v=a6&usqp=mq331AQIKAGwASCAAgM%3D&versao=amp#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16285572787801&csi=0&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&share=https%3A%2F%2Foglobo.globo.com%2Fmundo%2Ffotos-egito-transporta-barco-faraonico-de-46-mil-anos-20-toneladas-para-novo-museu-25146180

CAIRO — Depois de 48 horas de trabalho, o governo do Egito anunciou que concluiu neste sábado o transporte de um barco datado de 4,6 mil anos que pertenceu ao faraó Quéops, Khufu em egípcio antigo. A relíquia de 42 metros de comprimento foi levada para o Grande Museu Egípcio (GEM), que será inaugurado próximo às pirâmides de Gizé, no Cairo, e abrigará coleções faraônicas.

A embarcação estava em exibição próxima da Grande Pirâmide de Gizé, também conhecida como Pirâmide de Quéops, que abriga a tumba de Khufu. O item, identificado como um "barco solar", era colocado em fossos próximos às câmaras mortuárias reais porque havia a crença de que transportaria pessoas para a vida após a morte.

De acordo com o Ministério de Turismo e Antiguidades, a viagem foi realizada em um veículo especial de controle remoto importado da Bélgica. Após o trabalho de preparação, o transporte por 7,5 km começou na noite de sexta-feira e durou dez horas. O barco chegou intacto ao destino final.
"Manifestamos nossos agradecimentos especiais aos enormes esforços do Grande Museu Egípcio, da Autoridade de Engenharia das Forças Armadas, do Conselho Supremo de Antiguidades e de todas as agências estatais, empresas e equipes que contribuíram para o movimento bem-sucedido do barco de Khufu", compartilhou o ministério no Twitter.
Passados anos de instabilidade política após a revolta popular em 2011, que afetou gravemente o turismo no país, o Egito procura uma maneira incentivar o retorno dos visitantes, em particular promovendo a cultura. Além dos planos para o GEM, o país também inaugurou neste ano o Museu Nacional da Civilização Egípcia (MNCE).
Em abril, as ruas do Cairo viram um desfile inédito com as múmias de 22 faraós , entre eles Ramsés II, até sua nova casa no MNCE. Sob forte policiamento, o "Desfile Dourado" dos faraós, a bordo de veículos que imitavam carros fúnebres da época, cruzou em 30 minutos os sete quilômetros que separam a Praça Tahrir, onde fica o histórico Museu Egípcio, onde as múmias repousavam há mais de um século, e o novo museu.
Os egípcios puderam acompanhar pela TV estatal o desfile dos 18 reis e quatro rainhas, que contou com uma cerimônia de abertura cuidadosamente coreografada. Além da TV, o cortejo foi transmitido ao vivo pelo Twitter, com a hashtag em árabe #comboio_das_múmias_reais, que foi um dos assuntos mais comentados do planeta.
Comments